ESCOLA DR. EMÍLIO ABDON PÓVOA

"Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas gerações. Receba essa herança, honre-a, acrescente a ela e, um dia, fielmente, deposite-a nas mãos de seus filhos". Albert Einstein

28 de fevereiro de 2012

Qualidade de Vida no Trabalho do Professor

A investigação de doenças ocupacionais em determinado ambiente de trabalho tem ganhado cada vez mais espaço entre os pesquisadores, o que pode em muito contribuir para a redução de comorbidades além de se constituir em importante instrumento para a não depreciação do ambiente laboral bem como da sua qualidade.
Nas organizações escolares, principalmente na função desempenhada pelos professores, aliada a falta de reconhecimento social, constata-se uma maior dedicação ao trabalho em razão do cuidado com os alunos que vão além da condição de professor, provocando uma sobrecarga de trabalho. Estudos apontam que há fortes evidências da gravidade do processo de adoecimento desses profissionais no Brasil, de modo que o país é representativo em matéria de estudos já desenvolvidos (BATISTA et al, 2010).
A Síndrome de Esgotamento Profissional – Burnout, contemplada na nova lista de Doenças Profissionais e Relacionadas ao Trabalho do Ministério da Previdência e Assistência Social, que podem ser determinadas pelos lugares, pelo tempo e pelas ações do trabalho. Segundo Salanova e Llorens (2008, apud BATISTA et al, 2010, p. 503):
É um dos agravos ocupacionais de caráter psicossocial mais importantes na sociedade atual. Burnout tem sido considerado um sério processo de deterioro da qualidade de vida do trabalhador, tendo em vista suas graves implicações para a saúde física e mental.
           Verifica-se que o Brasil tem protagonizado na esfera educacional a relevância desse campo de estudos (BATISTA et al, 2003), o que nos leva a reconhecer que o ambiente laborativo educacional não está isento das comorbidades relacionadas ao trabalho.              
           Segundo Carlotto (2002), a Síndrome de Burnout apresenta três sintomas básicos: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional.
A exaustão emocional caracteriza-se pela falta de energia e sentimento de esgotamento de recursos com relação ao trabalho, tendo como maior causa o conflito pessoal nas relações e a sobrecarga de horas trabalhadas.
A despersonalização se apresenta como um estado psíquico no qual prevalece a dissimulação afetiva, o distanciamento e uma forma de tratamento impessoal com a clientela, podendo apresentar sintomas como descomprometimento com os resultados, conduta voltada a si mesmo, alienação, ansiedade, irritabilidade e desmotivação.
A baixa realização profissional é caracterizada pela tendência do trabalhador a se autoavaliar de forma negativa. Ele se torna insatisfeito com seu desenvolvimento profissional e experimenta um declínio no sentimento de competência e êxito.
Constata-se que inúmeras variáveis laborais e psicossociais influenciam o desenvolvimento dos vários tipos de adoecimentos ocupacionais e muito embora não se constituam como generalização, são suficientes para sustentar a necessidade de se proporcionar um ambiente de trabalho mais equilibrado aos anseios dos trabalhadores, através de processos gerenciais mais eficazes.

2 de fevereiro de 2012

1 de fevereiro de 2012

Desafios da Inclusão Digital

Enquanto “direito de todos”, o acesso à educação deve ser ofertado, sem distinção, para todas as pessoas que deste reconhecido direito social (artigo 6º da Constituição Federal) estejam obrigados ou venham a reivindicar. Uma das tentativas de se fazer valer a legislação tem sido feita por intermédio dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, em que todos os alunos possam ter suas especificidades atendidas.
            “A inclusão significa que não é o aluno que se molda ou se adapta à escola, mas a escola consciente de sua função coloca-se a disposição do aluno” (BIANCHINI, 2011, p. 1).
Nos ideais de Mantoan (2003, p. 25), “a inclusão é uma provocação, cuja intenção é melhorar a qualidade do ensino das escolas, atingindo todos os alunos que fracassam em suas salas de aula”.
A tecnologia inserida no cotidiano escolar é um pré-requisito para o preparo do aluno para o exercício pleno da cidadania, já que este deve apresentar condições para sua futura investida no mercado de trabalho. O uso da tecnologia, dentre vários benefícios, dinamiza, motiva e conduz o educando a novas descobertas, contribuindo para uma melhor socialização e um aprendizado mais interativo e bem mais atrativo.
Diante de tais premissas, os diversos agentes da educação têm o compromisso de oferecer aos educandos amplo acesso aos recursos tecnológicos que possam complementar a sua formação, tornando-os aptos a viver e a conviver em uma sociedade cada vez mais competitiva e com grande disparidade social.